Encontro do Pnaic

Alfabetização e a diversidade

 

Reconhecer que cada um tem seu ritmo e sua forma de aprender e que a criança ao entrar na escola, já traz conhecimentos que podem levá-la a refletir sobre o que está estudando, é um passo fundamental para a alfabetização e o letramento. A heterogeneidade ocupou o centro das atenções durante os três dias do primeiro encontro do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) deste ano. Com as atividades desenvolvidas na Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM) na Semed, bairro Nossa Senhora das Graças, o evento reuniu 100 Professores Formadores que atuam em Manaus. Eles analisaram, debateram e colocaram em prática o conteúdo das unidades 7 e 8 do Pnaic de Língua Portuguesa,  propõe a diversificação das atividades para atender os diferentes níveis da sala de aula.
As crianças não aprendem no mesmo ritmo e de uma única maneira, os caminhos percorridos até se chegar ao conhecimento são diversificados. Uma realidade percebida pelos professores em sala de aula facilmente. Mas como atender os que necessitam de uma atenção especial e, ao mesmo tempo, evitar que os aprendem mais rápido, não fiquem desestimulados? A professora Orientadora Ione Feitosa Dolzane explica que fazer um diagnóstico para verificar as  deficiências de cada aluno é fundamental para constatar a existência de grupos que apresentam conhecimentos diferenciados.
“Não posso fazer um planejamento nivelando todos com a perspectiva ‘dos que conhecem mais e do que conhecem menos’. Eu preciso analisar a turma, fazer os agrupamentos e planejar minhas aulas atendendo essa diferenciação. A partir daí, realizo um  atendimento agrupado, um atendimento geral e um atendimento individualizado, sem perder de vista a necessidade de observar onde avancei e o que preciso melhorar para refazer o meu planejamento”.
A professora analisa que hoje os professores que participam do Pnaic já perceberam que o desafio de alfabetizar e letrar uma criança não traz uma receita pronta: representa uma mudança de comportamento, uma nova percepção da realidade escolar. “Todos perceberam a alfabetização como um direito e querem saber como atuar. Até quando falam sobre suas angústias,  professores e professoras revelam o quanto estão comprometidos”, acentuou.
Magia
Nos dois primeiros dias do evento, as questões teóricas da Unidade 7 foram esclarecidas e no terceiro dia, os participantes aplicaram as propostas práticas da Unidade 8. Uma delas compreendeu a leitura e um jogo com a fábula “A tartaruga voadora”.
Os materiais necessários para fazer o exercício são simples: uma garrafa pet com água e palavras escritas em papel que são inseridas dentro da garrafa. Após a leitura do texto, a brincadeira começa quando as crianças localizam as palavras dentro da garrafa e discutem seus significados.
“O efeito da água na garrafa funciona como uma lupa, as palavras ficam bem  maiores, o que desperta bastante a curiosidade. É um momento mágico e nós acreditamos que as crianças vão ficar bastante estimuladas”, explicou a Professora Formadora Delzuita Cardoso, que trabalha com 36 professores alfabetizadores na Escola Polo Inês de Vasconcelos, zona Leste.

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