UM NOVO OLHAR PARA A EDUCAÇÃO

Encontro entre formadores e Orientadores de Estudo reforça compromissocom a alfabetização

Terminou nesta quarta-feira (28), mais um encontro entre professores formadores da Ufame professores Orientadores de Estudo da rede pública de ensino no interior, que atuam no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Alfabetizar criançasaté os oito anos de idade em todo o Brasil é a proposta da Pacto,  desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC). No Amazonas a iniciativa é realizada com a intermediação do Centro de Formação Continuada, Desenvolvimento de Tecnologia e Prestação de Serviços para a Rede Pública de Ensino (Cefort) da Faculdade de Educação (Faced).

O encontro, sediado no Centro de Formação Profissional Padre José de Anchieta (CEPAN),reuniu 150 professores dos 20 municípios  para trocar experiências e reforçar metodologias que contemplaram desde a criação de parlendas, a leitura de textos, as brincadeiras de rodas e jogos incorporando o lúdico aos conteúdos da alfabetização.

Resultados

Aos 35 anos, dos quais 15 dedicados ao magistério em São Paulo de Olivença, Rocildo Rabelo Rocha, destacou o Pnaic como uma iniciativa ousada cujo diferencial está em aplicar os conhecimentos teóricos em sala de aula e colherbons resultados em curto prazo.

A experiência mais marcante na opinião do professor aconteceu quando a vogal “a” foi trabalhada e uma aluna de seis anos levou uma embalagem de água sanitária.“Ela contou que ajudava a mãe a lavar a roupa com água sanitária, que o produto servia para tirar manchas e espantar insetos. À medida que ela descrevia a sua experiência o grupo se espantava com a história. Foi uma comprovação de queo aluno tem conhecimento e que a metodologia está no caminho certo”.

O diferencial do Pnaic está em considerar o contexto social da criança, analisa a professora de Pedagogia da UFAM, Cláudia Gomes Nascimento, que atua como formadora.  Enquanto asmetodologias anteriores trabalhavam com sílabas sem contexto algum, o objetivo agora é o letramento e a alfabetização. “O letramento acontece a partir da experiência que a criança já traz de casa, da comunidade, da sua relação com o mundo”.

Para a coordenadora pedagógica do Pacto, professora Clotilde Tinôco Sales, além do contexto social, a utilização de metodologias diferenciadas de acordo com o perfil do aluno é outro ponto ousado do programa. “Isso é um avanço. Nós podemos ler o mesmo texto, mas cada um terá uma compreensão. A criança precisa ter prazer em estudar, afinal a alfabetização é um direito de todos”, reforçou.

As novas metodologias estão sendo aceitas pelos professores alfabetizadores com naturalidade,na opinião de Fátima  de Lima Bernardes, que  orienta ações do Pacto no município de Borba. As metodologias mecanizadas foram substituídas por aulas mais dinâmicas permitindo uma relação mais estreita com os alunos.

“Tenho um aluno que tem muita dificuldade em escrever por causa de limitações físicas e que hoje já consegue copiar textos da lousa e escreve o próprio nome sem ajuda”.

Agenda

O próximo encontro com Orientadores de Estudo será no período de 23 de setembro a 16 de outubro contemplando quatro grupos.

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